PROJETO INTEGRATION OF RENEWABLE ENERGY (SET/2024)
O projeto estuda o sucesso da integração de energia renovável em Portugal, em linha com os objetivos da União Europeia de alcançar a neutralidade carbónica até 2050. Com fontes de origem renovável já a fornecerem mais de 73% do consumo de eletricidade em 2024, o projeto destaca a liderança de Portugal na transição para um sistema energético sustentável. É analisado o mix energético renovável do país, dominado por geração hidroelétrica, eólica e solar, e a sua complementaridade, abordando desafios como a variabilidade sazonal, flexibilidade operacional e modernização da rede. A utilização complementar de armazenamento com bombagem em centrais hidroelétricas reversíveis, combinado com esquemas de incentivos e um design de mercado que promove a integração de energia solar e eólica, bem como a troca de eletricidade transfronteiriça com a Espanha, garantem a estabilidade da rede e uma participação otimizada nos mercados.
O projeto analisa como esquemas de incentivos combinando feed-in tariffs, Contratos por Diferenças (CfDs) e o Mercado Ibérico de Eletricidade (MIBEL), asseguram a estabilidade de receitas para os produtores e facilitam a integração em mercados competitivos. Além disso, explora o papel transformador da agregação de recursos de energia renovável, onde pequenos produtores, sistemas de armazenamento e flexibilidade do consumo são agregados em entidades operacionais únicas, permitindo uma participação mais ampla no mercado e promovendo recursos energéticos distribuídos.
Adicionalmente, é destacado como tecnologias renováveis, de que são exemplo as centrais fotovoltaicas, começaram a oferecer serviços de sistema, tradicionalmente dominados pela geração convencional. Este marco evidencia oportunidades para os produtores de energia renovável diversificarem e acumularem receitas através da participação nos referidos mercados. Por fim, o projeto aborda o tema do curtailment, sublinhando o sucesso de Portugal em manter valores baixos de curtailment, devido a métodos de geração complementares e planeamento proativo. Contudo, assinala-se o crescente desafio de garantir o abastecimento com capacidade não programável e destaca-se a necessidade de modernização da rede, de aumento de soluções flexíveis, e de mecanismos de mercado dinâmicos para sustentar níveis elevados de penetração renovável.